quarta-feira, abril 25, 2007

CHEGANDO NA ESTAÇÃO AQUI


De alguma coisa agora quase se lembrava, mas de tocar o que estava mais perto, e modular o pensamento para o mais distante monumento: os sistemas salpicados sobre a mesa negra e circular.


Esta é a estação Aqui, a quinta do ano, a única com estação de esquis que são os esquisitos velozes emblemas na neve e a foto do deserto sobre a mesa neste momento.


“Os nomes não nomeiam mais as coisas, as coisas se afastaram e deixaram para trás branca paisagem, e te deixaram num quarto escuro, de onde você nunca mais vai voltar”.


Não, estar perto é conhecer a distância, e estar longe é se esquecer. A caminho, sem ainda ter voltado. O ar corta as narinas. isso agora parece não se mover, não tanto quanto um impulso sem forças para lutar contra as margens suadas quando se desligam enquanto damos um gole de áraque, e na tela-ilha tropical do cassino.


A natureza nos desconstrói sem que notemos, e a noite restaura a memória das percepções que usaremos, no dia seguinte, para reconstruir a natureza e a nós mesmos.


Registrar isto, e o modo pelo qual eu poderia tocar esta realidade e seu impacto sobre minha consciência com mais intensidade. Eu podia usar as palavras como uma câmera, ou como um passaporte para a dimensão do aqui-e-agora, nossa própria consciência em movimento, seguindo aquele pássaro, de galho seco a galho nevado. Registrar que agora sei do poder de todas as coisas serem, cinema.


Nesta estação, temos um corpo, e é por termos um corpo que isto existe e respira, o que nos iguala a insetos e árvores, ligados em seu presente imediato.


Quanto mais rápido amanhece, mais devagar anoitece.


A relva foi capaz de ativar a relva do meu cérebro para perdurar. Ou seja, ouça seus ossos enquanto escuta os estalos do fogo.


Hálito era o nome para gente, e fala-hálito o nome que se dava quando gente e hálito eram um .


Nos encontramos tão longe, paisagens somem sob nossos pés, uma viagem que se faz parado, diante da casa antiga, cavando um espaço em você, um copo caindo no espaço, sombra em sua nuca, vitória efêmera sobre o silêncio. Mas a música voltou e se lembrou. Os poemas brancos sobre a mesa negra, os sistemas e galáxias em cima. Os outros virão para te pegar.






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